sábado, 21 de junho de 2008

Viver com uma adolescente

Viver com uma adolescente não é de todo uma tarefa fácil, é que uma pessoa nunca sabe o que vai acontecer a cada dia.

Pois é, tenho uma filha na fase da adolescência, e, dado importante e também aterrador, esta fase esta ainda no seu inicio, ai ai ai ai ai.

Ora eu fui mãe cedo, o que me levou a pensar que não teria o problema do conflito de gerações, e que a adolescência da minha filha seria uma fase simples de encarar e ultrapassar, como estava engana…….

Temos uma relação próxima, e eu entendo (ou pelo menos tento) grande parte dos problemas pelos quais ela passa, ate porque também passei por eles e não assim a tanto tempo, mas so posso entender e tentar ajudar se souber o que se passa, e é ai que começa o problema, ELA NÃO FALA.
Ultimamente comunica maioritariamente por monossílabos, quando consigo que articule uma frase com mais de 3 palavras é de dar pulos de alegria, sim nessas alturas ate parece que conseguimos conversar, mas esses dias são raros, na maioria dos dias eu falo, falo, falo, e pergunto, pergunto, pergunto e o máximo que consigo obter é “sim”; “não”; ou um pouco mais, do tipo “não tenho nada”; “esta tudo bem”; “não se passa nada”; “ deixa-me descansar”, e como é fácil de ver, é só para me calar dado que deve de estar farta de me ouvir.

A ultima forma que encontrou para me manter calada sem puder fazer muitas perguntas, é chegar a casa, meter-se na cama e dizer que vai descansar um pouco pois dormiu mal durante a noite, e la fico eu a espera de conseguir saber o que se passa ao jantar, mas la vêm as respostas habituais, e eu tenho que adivinhar o que se passa, arre….eu não sou bruxa TA, adivinhar não é o meu forte, ou já tinha ganho o euromilhões.

Mas na tentativa de conseguir chegar mais perto, tenho lido tudo o que encontro sobre a adolescência, e o que foi que eu descobri????
A fase é longa, que eles se isolam (pelo menos dos pais), que devemos tentar entender, e continuar a dar apoio no que é possível, não deixando no entanto, que seja questionada a nossa autoridade de pais. O QUE RAIO É QUE ISSO ME AJUDA??????
Sim porque o que eu preciso mesmo é de conseguir passar para o lado de la do muro que ela levantou, conseguir quebrar aqueles silêncios intermináveis e poder de alguma forma ajudar aquela cabecinha que esta cheia de duvidas, incertezas e inseguranças próprias da idade.

Esta até foi uma semana boa, esteve muito faladora e bem disposta, ela esteve de ferias a semana passada e uma semana fora da sua vida normal e longe de tudo fez muito bem, mas por quanto tempo???

Enfim, acho que se avizinha um longo período de dores de cabeça, e de desespero por não saber o que se passa….

4 comentários:

MC disse...

Eu acho que na adolescência há mais certezas que duvidas. Lembro-me bem dessa idade e tenho uma filha aí e um filho a entrar nessa fase. Aos 14, 15, 16, sabe-se tudo. Os pais são uns caretas (mesmo os jovens pais como tu!). O que importa são os nossos amigos. São a coisa mais importante do mundo. Hoje a coisa piora um pouco porque têm os amigos sempre à mão de uma sms, um mail ou uma ida ao msn. Há uns anos, uma vez em casa saiam um pouco desse dominio. Hoje não.

A melhor maneira de lidar com isso é nunca deixar criar um afastamento, um fosso, que depois fica mais dificil transpor...

Unknown disse...

Se eu soubesse ajudar, teria o meu problema - que é igual - resolvido!
Os valores são diferentes, as gerações - apesar de pais jovens - são ainda mais afastadas que as anteriores.
O que tento fazer: diálogo, acompanhar os programas dele, quando fez down-hill, tb fiz, quando fez natação tb fiz, qd entrou para a Universidade eu voltei tb. Mas mesmo assim é um problema.
Falar e ser compincha é o que tento fazer...

Minhoca disse...

Miguel:

è o que tenho tentado, e felizmente a fase dos monosilabos ja passou :)

O grande probelma entre nos e q somos como a agua e o vinho, completamente diferentes eu se estou em dia n grito parto a loiça e fico bem, a minha filha não, guarda guarda e nada diz, e so mais tarde e q me diz o q se passou, e eu olho e sei q se passa alguma coisa e quero ajudar e ela n deixa, pq acha q tem resolver tudo sozinha, enfim.... neste caso temos q ap«render a lidar com as nossas diferenças nada tem a ver com um problema de idade ou geração, mas mesmo de feitio

Minhoca disse...

Pedro:
`
É o que tento fazer, ca em casa ha mt dialogo tudo se falo e tb eu tento acompanhar os tempos e as coisas dela, mas ha alturas q o dificil é chegar a ela, pq ela é mt fechada e acha q os problemas dela e ela que tem q os resolver, e eu ver q alguma coisa se passa e nada conseguir fazer e q da comigo em doida :) Felizmente temos poucas fases dessas :)